Estão vendo? Aí está um exemplo de ousadia de design que envelheceu muito bem. Digam-nos se o BMW M6 Gran Coupé não é um carro atemporal mesmo hoje!?

Em 2013, o segmento de sedãs-coupés pegava fogo. No front Audi, o produto era o RS7, baseado no RS6 AVANT. A BMW atacaria com o M6 na carroceria F06, baseado no coupé F12, mas com o entre-eixo maior, o carro usaria a mecânica do M5 F10.

Debaixo do capô, o S63, 4.4 V8 biturbo com 560 Hp e 71,4 Kgfm. Tração apenas traseira e com câmbio M-DCT de 7 marchas. A BMW havia voltado com os motores turbinados há pouco tempo e casar a filosofia dos Ms até então aspirados com uma tempestade de torque em baixa não foi fácil.

O M6 GC, assim como o M5, foi focado em capturar um público ainda maior, portanto, se tornaram maiores e pesados do que antes. O conforto, o acabamento e os mimos internos foram muito bem sucedidos quando o assunto era um carro para todas as ocasiões.

A tocada, por sua vez, desafiadora. Nada como ver o controle de tração e estabilidade piscar numa passada de marcha de 3ª para 4ª marcha sem muito aviso. Aventure-se a desligar o DSC e é um prato cheio para ver o mundo girar.

Se você respeitar, carregar uma marcha mais alta e for linear com o acelerador, o brilhantismo BMW M está lá. Mesmo a Mercedes já tinha jogado a toalha com a tração traseira no CLS63. O M6 GC não é um carro que você mergulha no acelerador saindo parado. Fazer uma boa arrancada requer finesse para aproveitar a força que esses carros entregam.

A trilha sonora poderia ser melhor? Sim, mas nada que um bom escape e downpipes não resolvam. Poderia ser um carro mais confiável, especialmente na parte da alimentação de combustível? Sim. Os discos de freio poderiam empenar com menos facilidade? Sim.

Mas esses carros têm muita personalidade, design e carisma. É recompensador dominar um titã desses. Em terras de baterias de íon de lítio acima de R$ 20 mil, de repente, lidar com um S63 desses não parece assustar tanto mais quem os procura.

Entre M6 GC, RS7 e CLS 63 AMG, qual seria o seu carro?