Existe um fascínio enorme na combinação do 911 Turbo com o câmbio manual. Tirando o atual Sport Classic, a última vez que vimos esta combinação foi na geração 997.

A despeito do 997.1 ter sido o último Turbo com o motor MEZGER, ele não foi o último manual, mas sim o 997.2. Em 2009, a Porsche introduziu uma das guinadas mais radicais de engenharia no meio do ciclo de vida de um produto. A 1ª grande inovação foi a aplicação de rua do câmbio PDK. A 2ª foi a adoção dos novos motores DFI para os Carreras e Turbo.

No caso do “Turbão”, a cilindrada do biturbo subiria de 3.6 para 3.8. Singelos 20 cvs e e 8 kgfm a mais. Em clássica moda Porsche, não deixe a frieza da ficha técnica diminuir os impactos reais da experiência. Com o câmbio PDK e tração integral, o 911 Turbo passou a fazer de 0 a 100 km/h na casa dos 3s baixos.A Porsche precisava dar uma resposta para a concorrência: nenhum concorrente em spec OEM era capaz de superar o ritmo do Turbão.

Curiosamente, a geração 997.2 do 911 surgiu durante os anos de recessão econômica global e por um curto espaço de tempo, portanto, poucas unidades foram fabricadas.

Poucos se lembram disso, mas você podia pedir o seu 911 Turbo com câmbio manual ainda no 997.2. Claro, 99% dos proprietários aqui no Brasil queriam a novidade do PDK. Todavia, 2 unidades oficiais chegaram aqui com os bons e velhos 3 pedais.

Uma cinza e a outra essa das fotos que é recheada de opcionais, como as rodas de saque rápido do Turbo S e pacote com acabamentos em carbono, além de ser um collor to sample – “Atlas Grey”. Existe no Brasil uma 3ª unidade de 997.2 manual também, mas independente e em uma configuração bem exótica.

Na Europa e EUA, os 997.2 Turbo manuais são um dos 911 mais cultuados e colecionáveis. Um carro que poucos compreendem aqui no Brasil a escassez mundial do modelo. Há pouco mais de 300 carros como esse no mundo.

Agradecemos muito aos amigos envolvidos por confiar na gente para encontrar uma nova casa para esse 997.2 Turbo, conhecido carinhosamente por “MITO”.