Por que o Brasil não dá mais amor para os Gallardos?
Porra Korn, vc que não gosta desses carros vai falar bem agora? Não. O fato de eu não me encaixar com o carro não quer dizer que não exista um público para ele.
É o caso, por exemplo, de Maserati Granturismo, Aston Martin Vantage (dos antigos), Jaguar F-Type ou Mercedes AMG GT.
Agora, no caso do “Baby Lambo”, especialmente nos carros facelift (pós 2008), quando chegam os motores 5.2 V10 FSI e o “lado Audi” assume mais controle ainda, os carros começam a ter alguns aspectos bem interessantes para quem tem medo de um “italiano envelhecido”.
E o mais intrigante é que esses carros a nível global, assim como o irmão mais novo Huracán tem um sucesso enorme e aqui são um “peru comercial”.
Os Gallardos AWD são plantados e seguros como o R8. O drama da experiência vem dos trancos violentos do e-gear e da posição de dirigir que ainda é ruim para quem tem mais de 1,80 m, especialmente na parte da visibilidade externa.
Peculiaridades técnicas: é impressionante como o conjunto de embreagem desses carros (assim como do R8) sempre é mais longevo do que o das Ferraris.
Examinar esses carros em precompra é um exercício bem mais “são” também. Tudo faz mais sentido. Muito menos “artesanato” na montagem do carro.
Dependendo da versão, o 5.2 V10 pode render 550 (apenas rwd), 560 ou 570 cv. Tem seus gargalos de projeto? Sim. Mas nenhum isoladamente absurdo.
Problema? Quando eles acumulam…
Para quem quer um supercarro italiano com um filtro alemão por trás, todo o ronco e drama sem a insanidade de Giusepe? Os Gallardos bem cuidados deveriam ser olhados com mais carinho.
Gallardo com preço de Modena? Pense MUITO antes de ir de Ferrari.
Esse Gallardo passou por nós (e tem mais um que falamos em breve).