Na faixa dos R$ 150 mil: Mercedes Classe C, Passatão ou BMW Série 3?
Falar sobre o Passatão sempre gera barulho nas redes sociais. Historicamente, o Passat tem um nome forte no Brasil. Não há uma geração desse carro mal falada. Uma pena que conforme envelhecem, se tornem praticamente “incompraveis”. Por quê?
Não é uma questão do projeto do carro ser ruim, mas sim o perfil de uso. Quem compra o Passat quer todo o refino do andar de cima, mas com lado low profile que ele oferece. Naturalmente, eles acabam “mais usados”. E nada contra isso.
A sensação que temos é a de que os ex-proprietários tem uma relação muito mais fria com o carro. Os preços vão caindo, novos compradores se interessam e acham que compraram apenas um Volks.
Não se enganem: na hora de cuidar do Passat, esqueça o lado low profile. Ele continua sendo premium do começo ao final. Procurar atalho vai criar uma bomba. Lamentavelmente, essa é a razão de termos retirado do cardápio de busca a geração B7 e estarmos no limiar de parar a caça pelo B8.
Essa geração chegou em 2016 em 2 versões: Comfortline, a famosa peladinha, com painel analógico e farol halógeno; e a Highline, com painel digital, ACC e lane assist, com o grande opcional sendo o teto-solar. A partir de 2018, a central de multimídia cresceu e ficou ainda mais moderna.
Magnânimo espaço interno e porta-malas. A suspensão bate um pouco, o que é compensado pelo conforto dos bancos. Mecanicamente, é a combinação do já conhecido EA888 2.0 TSI do Golf GTI, com 220 cv e 35,7 Kgfm acoplado ao câmbio de dupla embreagem banhado a óleo de 6 marchas.
A suspensão adaptativa pode assustar com o custo dos amortecedores. Todavia, historicamente no Car Chase apenas um cliente teve problemas com o par dianteiro em um carro blindado, com mais de 60 mil km, após varar uma valeta sem perceber.
Tirando isso, não é um carro que rende queixas. A mais normal tende a ser de barulhos internos que tem íntima relação com o queridinho teto solar. Só faltou ser tração traseira para ser perfeito.