Como é recompensador trabalhar com produtos que no aspecto pessoal adoramos. Quando o cliente busca um produto neoclássico, é necessário explicar o projeto técnico em termos de envelhecimento da plataforma e problemas crônicos possíveis. Ter experiência com esses carros é primordial para entender o que é normal e o que é um problema. Ser capaz de falar o real estado e a ordem de grandeza envolvida para endereçar o que precisa ser feito.

Essa é a nossa especialidade. O Z4 M foi oferecido entre 2006 e 07 no Brasil em versão coupé e roadster. Sabemos da existência de 22 coupés e 14 conversíveis por aqui. O Z4 M veio para ocupar a lacuna da transição da geração E46 para a E9X do M3.

Debaixo do capô, o 3.2, L6, aspirado S54 do M3 E46. O Z4 M usa ECU, caixa de direção, câmbio e relações de marcha distintas do M3. Dependendo da versão do Z4 M, a dieta é de cerca de 100 kgs em relação ao M3.

O ponto auge, no entanto, está na rigidez do chassi do Z4. Ele nasceu um roadster, portanto, não se trata de uma carroceria adaptada de um coupé. Ou seja, naturalmente bem rígido e sem ser penalizado pelos reforços estruturais usualmente exigidos.

O conjunto rende os mesmos 343 cvs e 37,2 Kgfm, só que em um carro menor, com direção mais rápida, que torce menos e mais leve. Parece apenas diversão sem ônus, mas o Z4 M é um carro notavelmente mais arisco que o M3.

É o tipo de produto que o entusiasta da marca sabe bem o que é significa. Um carro legitimamente focado na experiência do motorista e que demanda sua total atenção. Inclusive, essa unidade das fotos, é 1 de 2 azul interlagos no Brasil.

A unidade das fotos é um carro que conhecemos muito bem o passado e os 3 últimos donos a ponto de termos confiança na sua procedência. Não é à toa, depois da prata que vendemos há poucos meses, dessa vez, em parceria com a @nordsportwagen encontramos uma nova casa para essa unidade.

Vocês prefeririam um Boxster S 987 manual ou um Z4 M roadster como o das fotos?