O BMW série 1 foi um projeto ousado, muito diferente do que ele se tornou hoje. Hatchbacks por serem carros pequenos, leves e ágeis facilmente encontram uma ligação com uma dinâmica mais esportiva.
O série 1 teve não foi apenas uma adaptação de sedãs então existentes, como era o caso do série 3 compact, mas sim desenvolvido “do chão”.
No aspecto prático, o série 1 era um carro “burro”. A tração traseira demandava um eixo cardã e agregado traseiro que sacrificariam o espaço interno e o tamanho do porta-malas. A distribuição de peso 50/50 clássica, faria a BMW por o motor bem colado na cabine, diminuindo o espaço entre eixos
Por outro lado, o 1º série 1 foi um carro construído com prioridade na experiência de direção e isso traz uma experiência ímpar de tocada. Com a 2ª geração, a BMW arrumaria pouco dos defeitos, tornando-o mais confortável e minimamente mais prático.
De 2012 a 2015, nós tivemos a geração “angry bird”. Entre 2016 e 2019, o facelift ajudaria. A versão intermediária foi o 125i M Sport, que veio para ocupar o slot do antigo 130i. No lugar do antigo L6 aspro, agora um motor downsizing 2.0 Turbo. Entre 2013 e 2017, tivemos o tradicional N20 com 218 cv e 31,6 Kgfm (entre 15 e 17 Flex). A partir de 2018, teríamos a oferta do 125i com o B48, com um golinho a mais de potência nos 224 cvs.
A experiência é encantadora. O conjunto é bem acertado para usufruir da tração traseira. O carro é minimamente mais rígido e esportivo de tocar que o série 3. Com o câmbio ZF de 8 marchas e torque total disponível bem antes dos 2 mil giros, o 125i é um carro muito divertido.
O problema? Como um carro de nicho, ele foi pouco vendido no Brasil. Hoje em dia, a prateleira de consumidores entusiastas se estapeia por uma dessas, mas infelizmente faltam carros em bom estado.
Haverá um dia que muitos entenderam o brilhantismo de carros como 125i. Hoje em dia, com as preferências do consumidor mudando, não há muito espaço para projetos como esse.
No mesmo valor, vocês iriam em um 125i, Golf GTI, Audi A3 2.0 ou Jetta GLI?